'Estou aprendendo a lidar com o meu próprio machismo', admite Céu
Sem nenhum anúncio prévio, em setembro Céu lançou nas plataformas digitais seu quinto disco, 'Apká!'. Produzido por Pupillo, marido da artista, e o francês Hervé Salters, que já tinham assumido a função no trabalho anterior da cantora, 'Tropix' (2016). Com 11 faixas, o trabalho passeia por estilos que já estavam presentes em outros trabalhos de Céu, como reggae, disco music, rock, trip hop, entre outros, numa mistura de elementos eletrônicos e orgânicos. Neste sábado, ela apresenta o novo show pela primeira vez no Rio, no Circo Voador.
A experiência do parto natural, que ela viveu ao dar à luz seu segundo filho, Antonino, serviu de inspiração para o álbum. Por sinal, 'Apká!' foi a primeira palavra dita pelo menino, que repetia o termo inventado toda vez que estava feliz com alguma situação. Além disso, a canção "Ocitocina (charged)" faz referência direta ao parto. Céu conta que quis fazer um disco sobre amor, que falasse sobre seu mundo particular, mas que também conversasse com o todo. "A minha arte se transmuta na minha vida, eu não consigo separar uma coisa da outra. Mas, ao mesmo tempo, eu acho que o 'Apká!' é um disco ligado ao coletivo também. Ele não é só sobre o micromundo. É o micromundo pensando no macromundo", explica a artista.
Com uma filha de 10 anos (Rosa, do relacionamento com cantor e compositor Gui Amabis) e outro de um ano e dez meses (Antonino, dela e do músico e produtor Pupillo, com quem é casada), ela diz que busca um equilíbrio entre a carreira e a vida pessoal, além de buscar dividir as tarefas e decisões com o marido. "Tudo isso envolve muitos sentimentos meus, deles, dos nossos filhos. É uma equação mesmo diária para a gente sentir que está num caminho legal para todo mundo", garante. "Eu estou aprendendo a lidar com o meu próprio machismo interno. Porque antes era aquela coisa de: 'Não, eu resolvo, eu dou conta.' E não, cara, eu não posso dar conta de tudo (risos). Eu tenho que aprender a abrir mão e a dividir, e aceitar também, quando eu entregar, o que vai ser entregue para mim de volta. As revoluções são diárias", analisa Céu.
Você contou que teve muita inspiração para fazer o disco depois que deu à luz seu segundo filho. Falou que o seu primeiro parto tinha sido de cesárea, e que dessa vez foi natural. Como foi a diferença entre as experiências?
Foi bem forte. É muito importante dizer que não pode existir nenhum tipo de idealização num parto. Porque a cesárea também uma importância muito grande. É uma solução quando a gente está uma situação específica. Eu devo muito a ela. Agora, claro, é uma operação, a mulher fica muito mais vulnerável, mais fragilizada, ela está com um corte, ela demora muito mais para se sentir e estar ativa de fato. Tem uma série de questões que não são faladas de verdade. Muito pelo contrário. O Brasil é um país cesarianista, que espalha aos quatro ventos que a melhor opção para a mulher é ficar deitada numa cama — sendo que essa é a pior posição para uma mulher parir, a gravidade pode dizer isso (risos). O segundo parto, para mim, foi de fato muito inspirador, no sentido de eu ter tido esse privilégio ter podido e de estar entregue para vivenciar essa experiência sem tanto medo. Porque acho que a mulher fica muito acuada, existe uma indústria da cesárea que fica botando na cabeça de todas nós que é mais fácil, é mais rápido, tem menos dor. Se você quer ter um parto natural e poder se conectar com esse seu lado, tem que fazer um esforço enorme. Tem que descobrir médicos que não enganam, porque muitos falam que fazem partos naturais ou normais e na hora não fazem. É toda uma máquina que a gente tem que vencer para conseguir. Eu consegui. É difícil, no Brasil. Eu era quase um E.T. no hospital. Ao mesmo tempo, acho que não pode existir nenhum tipo de idealização. É um assunto extremamente delicado. A cesárea também é bem-vinda, tudo está certo. Mas foi interessante vivenciar isso e poder dividir um pouco com as mulheres. Porque acho que isso fica meio num lugar de tabu, pouco falado, e eu quis falar, escrevi uma música sobre isso, me trouxe bastante inspiração. Mas também não só o fato do parto. Acho que o me trouxe foi o fato de eu poder me aquietar na minha casa, porque essa vida de viagem, vai para lá, vai para cá, tem uma hora que bastante estafante, sabe? Acho que eu me conectei com o que mais prezo no mundo, que é criar mesmo, fazer som. No 'Vagarosa' (2005), meu segundo disco, que também tinha o elemento da maternidade, que eu também estava grávida, aconteceu a mesma coisa. Eu escrevi um álbum que também tem esse fundo que fala de amor e de mim e tal. Acho que também vem da minha natureza me aquietar, me dedicar. Eu sou supercaseira, apesar de gostar de viajar, de tocar. Eu tenho um elemento de casa, de curtir família. Acho que foram coisas importantes para me inspirar.
Na época, você pegou o seu filho e foi com para Berlim para fazer uma das etapas do disco. Agora, ele já está com um ano, né?
Um ano e dez.
Está com quase dois, então. Você é cantora, viaja, agora está em turnê. E o Pupillo, apesar de agora estar muito voltado para a produção, é músico também. Como vocês fazem? Sabendo que o Pupillo não vai ouvir essa pergunta… Como fica, já que os dois têm a rotina da música, que a gente sabe que é bem dura?
É, é muito dura. Olha, é um desdobramento sem fim. Momentos, às vezes, torturantes de entender qual é a linha. De não aceitar coisas, de parar, e um entregar para o outro. E a gente tem que ter essa parceria, porque ele também está tocando para caramba, com o Nando (Reis), e fazendo discos dele… Então, a gente realmente tem que se desdobrar. Eu tenho que ter uma pessoa muito de confiança comigo, que eu acredite que eu possa deixar as minhas crianças, que possa também viajar comigo. O Antonino já foi para a turnê, já encarou estrada. Bom, ele já encarou estrada desde aquele momento que você mesma citou, eu peguei ele e fui para Berlim (risos).
Ele estava com que idade ali?
Ele estava com sete meses. E eu sempre fiz isso, com os meus dois filhos. A Rosa viajou o mundo inteiro. Depois que ela fez seis anos, eu percebi que não dava mais, que ela tinha que ter o tempo dela, a rotina dela. Não dava mais para ela ficar para lá e para cá.
Por causa da escola também, né?
E por causa da escola. Aí eu mudei, fiz um novo rumo, onde eu priorizava shows no Brasil. Isso calhou de ser bem 'Caravana' ('Caravana Sereia Bloom' de 2012). Fiquei mais por aqui, e não tanto lá fora. Eu sempre vou, mas comecei a ir por menos tempo. Eu fui administrando minha carreira e minha vida pessoal de forma que uma alimente a outra, e não uma destrua a outra. Porque a minha família realmente é tudo para mim, eu tenho um lado de querer estar presente para os meus filhos, de educar. Eu sofro muito com fins de semana em que estou fora. Ao mesmo tempo, isso também me alimenta. A música é o alimento da minha alma para eu ser uma boa mãe. Essa medição do que está me alimentando e do que está me exaurindo tem que estar constantemente aqui, sussurrando no meu ouvido, para eu poder tomar as decisões (risos). Isso cabe ao Pupillo também. Eu tenho uma enteada, ele tem uma filha, uma mulher, que eu considero minha filha também, que tem 23 anos. E ele não pôde estar superpresente quando ela era pequenininha. Ele já tinha a Nação andando para lá e para cá. Neste momento, ele está vivenciando ainda mais de perto o que é o bebê, todo dia, e repensando a história dele com a filha dele também. Tudo isso envolve muitos sentimentos meus, deles, dos nossos filhos. É uma equação mesmo diária para a gente sentir que está num caminho legal para todo mundo.
É bem difícil essa equação.
É difícil, é difícil. Superimportante a gente poder falar disso, porque quem trabalha com arte — e eu digo todas as artes — no Brasil, são poucos os suportes que a gente tem, e sendo mulher menos ainda. É uma equação muito complicada. Mas que vem de um lugar do afeto, do amor, e eu acho que essa força motora em que eu prefiro focar mais, para crescer e tentar achar o caminho.
Esses sentimentos — do parto, maternidade mais uma vez, a família —, isso acabou também influenciando na sua hora de compor, já que quase todas as músicas do disco são suas?
Acho que sim. A minha arte se transmuta na minha vida, eu não consigo separar uma coisa da outra. Mas, ao mesmo tempo, eu acho que o 'Apká!' é um disco ligado ao coletivo também. Ele não é só sobre o micromundo. É o micromundo pensando no macromundo. Por isso eu quis falar que o 'Apká' é um álbum de constrastes: micro/macro, carne e osso/digital, parto normal/cesariana… Sonoramente, ele tem estilos contrastantes, traz coisas superantigas com hiperfuturistas. Por exemplo, "Off" é uma canção que já mostra isso: tem ruído branco, que fala de um assunto hiperfuturista, que é a inteligência artificial, mas, ao mesmo tempo, tem o violão do Pedro Sá, acústico, remetendo a uma sonoridade anos 50, com aqueles coros. Então é um disco de contrastes. E eu não queria ficar falando do meu mundinho, eu queria poder usar a minha voz e essa potência do meu micromundo — que é isso que eu te falei, do amor e tal — para levar para o coletivo, que eu acho que é também um motor muito importante para mim.
Eu vi, em várias entrevistas, perguntarem a você sobre falar explicitamente do atual momento do Brasil e das questões que a gente tem hoje. Você se sentiu, de alguma forma, cobrada? Porque as suas canções não são literais, dão margem para alguma interpretação.
A minha forma de escrever, a minha poesia vem de lugar onde eu dou espaço para as pessoas refletirem, e eu não tenho a obrigação de ser literal. Essa é a minha maneira de escrever. Mas eu acho que reflexões sobre o coletivo, no geral, eu faço sobre o meu primeiro disco. E no 'Apká!' eu continuei fazendo. No primeiro ('Céu', 2005), eu já falava: "Minha beleza não é efêmera/ Como o que eu vejo/ Em bancas por aí" (na faixa "Bobagem"). Eu já estava falando do feminismo, do que é a cobrança feita para a mulher. E tantas outras coisas. Em "Cumadi" (do disco 'Vagarosa') eu também abordo o feminismo, de quanto a mulher acaba tomando lugares e não sendo cuidada, e fica sobrecarregada. Em "Rapsódia brasilis", no 'Tropix', eu já falava sobre essa questão de que existe um 'Casa-grande & senzala' dentro de cada casa e apartamento de classe média ou classe rica brasileira, onde babá cuidam dos filhos e as mães terceirizam (a criação deles), as babás com aquela roupinha branca. As reflexões sempre foram propostas. O 'Apká!' tem uma música quase que mais literal — eu acho, na minha opinião, minha maneira de ver, né (risos)? —, que é "Forçar o verão". É uma música sobre a corrupção, e a que existe dentro também do próprio cidadão brasileiro. Eu acho que a gente tem que observar muito. É uma corrupção estrutural que existe no Brasil. Então as minhas reflexões sempre foram propostas. E talvez o que está se pedindo hoje sejam coisas mais literais, não sei. Fica a critério de cada um. Eu não me sinto cobrada. Eu sinto que as pessoas estão querendo falar. E acho importante o Brasil ter essa cultura da gente discutir sem brigar, da gente discordar sem brigar. E, para isso, só falando mesmo.
Quando você começou — já são quase 15 anos do primeiro disco —, a gente não tinha tanta visibilidade para as compositoras. Claro que sempre existiram, mas você era uma das poucas compositoras que estavam tendo espaço.
Naquele momento. Naquele nicho também, de música contemporânea, que estava acontecendo, não havia tantas.
Como você vê hoje, que a gente está tendo mais luz nas compositoras? Elas existiam, mas não apareciam. Hoje estão tendo mais destaque. Como você enxerga essa mudança de cenário? E você também acabou sendo uma parte nessa mudança: quando elas viam você, podiam se sentir representadas e inspiradas a fazer o mesmo.
Sim, totalmente. Eu sinto que eu pude, de alguma maneira, participar dessa revolução aí. Que foi uma revolução particular minha interna, eu também não achava que eu podia compor. Quando eu comecei a querer fazer música, achava que só ia ser cantora. Mas, de repente, eu estava escrevendo, e criando melodias, fazendo som. E tive modelos também de compositoras, que vieram muito do rap, e eu me inspirei também. Já havia mulheres abrindo caminhos, mas de outro rolê, outro universo, e eu pude, por conta delas… Cito Erykah Badu, Lauryn Hill, e, pensando no Brasil, Deize Tigrona, e antes Chiquinha Gonzaga, Marina Lima, a própria Marisa já estava começando a fazer, não fazia tudo, mas já fazia bastante coisa. Eu faço parte disso aí, da galera (risos). E fico feliz. É muito mais legal poder ver tantas compositoras surgindo, estabelecidas e criando linguagens diferentes de composição.
Hoje as mulheres falam muito mais em machismo e feminismo. Eu lembro que você foi uma das primeiras cantoras que eu entrevistei com quem falei sobre esse tema, de você contar situações pelas quais passava, de vir alguém e começar a explicar como você tinha que se explicar ali no palco…
Nossa, eu ouvi demais isso (risos).
Hoje, ainda tem muitas funções que são dominadas pelos homens. A gente tem mulheres, mas não são tantas. Como é, hoje, estar cercada de homens? Nesse disco, por exemplo, você esteve. A coisa mudou? Melhorou?
Olha, eu acho que a gente está no processo. Não vai ser de um ano para o outro, sabe? Vai demorar para de fato as coisas estarem mais iguais. E essa transição se estende para muitas coisas. Eu me sinto uma artista em transição eternamente. Para mim, é muito trabalho. Porque é isso: é mulher, já está num universo masculino, quer compor, quer viajar, quer ser mãe, não quer terceirizar filho, quer cuidar de filho, quer cuidar de relacionamento íntimo, o casamento, quer viver a vida sendo mulher sendo quem é. Eu quero ser a mulher que eu quero bancar, quero poder fazer o que eu quero. São muitas coisas e muitas revoluções diárias a serem feitas. Papéis a serem divididos. Eu estou aprendendo a lidar com o meu próprio machismo interno. Porque antes era aquela coisa de: "Não, eu resolvo, eu dou conta." E não, cara, eu não posso dar conta de tudo (risos). Eu tenho que aprender a abrir mão e a dividir, e aceitar também, quando eu entregar, o que vai ser entregue para mim de volta. As revoluções são diárias. E a gente mudou, mas nem tanto. A gente ainda tem muito o que mudar. A própria mulher tem muito o que mudar, e os homens também estão tentando entender. É um trabalho feito em conjunto e no qual a gente vai se entendendo cada vez mais. Mas vai demorar ainda, eu acho.
Saindo um pouco desse assunto: como foi o período em Berlim? Qual foi a importância de estar lá para o disco?
Foi muito interessante. Bom, eu estava naquele puerpério ainda. Na verdade, estava terminando, era o final. Mas a mulher fica amamentando, fica naquele mundo de dedicação total. Claro que existem mulheres que nem isso podem, já têm que voltar a trabalhar e já vira aquela loucura. Mas, no meu caso, eu pude fazer isso. E eu acho que viagem faz parte da minha vida, e eu sempre botei meus bebês, para saber que tipo de bebês eles eram. Porque podiam muito bem vir pessoas que não curtem viajar, né (risos)? Então era uma maneira de eu testar. A Rosa também foi testada muito rápido em avião e tal. Tem uma coisa dos próprios pais também aguentarem esse tranco. Porque é trampo, quem já viajou com os seus bebês, uma viagem internacional sozinha, sabe o quanto é difícil o neném chorando a viagem inteira, o quanto as pessoas olhando para você com aquela cara de "putz", sabe? E eu sempre tive que me propor a fazer esses testes, porque é isso: filho meu ia cair na estrada. Eu queria ver como o Antonino ia dar conta, e ele deu superconta. E era uma maneira legal de testar, porque o Hervé, que eu já sabia que ia produzir o disco com o Pupillo, mora em Berlim, e tem um estúdio equipado com muitos teclados analógicos — ele é um produtor que gosta de som analógico. E, depois do 'Tropix', eu e ele tínhamos muita cumplicidade, parceria, no processo de composição — a gente fez "Varanda suspensa" e tal, músicas que se tornaram importantes no repertório. Então eu tive vontade de ir lá, fazer esse rolê com o meu filho, testar ele e, ao mesmo tempo, fazer uma pré mesmo. Que já estava sendo feito em casa pelo Pupillo, poder levar esse material mais rascunhado para o Hervé, e poder fazer uma processo de composição mais seminal lá em Berlim. Então foi isso: foram dez dias, acho, que eu fiquei lá, e a gente deu um gás. Foi ótimo. Eu trouxe de volta o material que ele fez, o Pupillo já continuou o trabalho, e assim começou o processo.
E a cidade em si? Por mais que se fiquei muito tempo no estúdio, estar em Berlim trouxe algo para o disco?
Berlim é uma cidade muito inspiradora, mas eu tive mais essa coisa de estúdio, nesse caso.
Você gravou uma música que o Caetano fez para você ("Pardo"). Como foi? Sei que você pediu para ele fazer.
Eu pedi para ele, bem cara de pau mesmo. Ele foi muito doce e querido, e me cedeu uma canção inédita. Demorou um pouquinho, porque ele estava em turnê, ele é superocupado. Mas, quando chegou no meu inbox, eu fiquei muito surpreendida pela maravilhosa canção que ele tinha feito. Ela tinha o que eu queria: a assinatura dele, na composição em si. Era uma música caetânica, sabe? E eu amei isso. E foi um desafio também: trazer para o meu universo de maneira que não ficasse destoante do resto do som do disco. A meu ver hoje, ouvindo a música, vendo ela no show, a força que ela ganhou ao vivo, eu acho que os produtores tiraram de letra, realmente conseguiram fazer do Caetano 'Apká!' (risos).
Você lançou mais um álbum. Pensa em apostar em single, feat, que são duas coisas que estão super em alta? Não que sejam novidade, mas são dois formatos que estão em evidência.
Inclusive no próprio 'Apká!' eu tinha pensado em fazer single. Mas eu ainda sou um pouco à moda antiga, tenho um pouco de dificuldade. Foi difícil para mim desmembrar o disco e ir soltando singles. Mas eu penso, sim. Eu acho que são desafios. Feat eu superpenso. Já tenho em mente coisas que eu quero fazer em breve. E single quem sabe? Bem, fazendo feats vão vir singles. Mas lançar singles antes da obra, do disco ainda é, para mim, um pouco difícil, porque eu tenho ainda esse apego de não ser uma millienial, de não conseguir pensar na coisa separada. Eu penso muito como um conjunto. Eu vejo ele muito ele como uma composição de várias partes. Sei lá, é coisa de gente que realmente foi criada ouvindo vinil, e disco, e som. Disco inteiro, a obra com capa e não sei quê. Ainda estou nessa transição. Mas não abro mão de aprender e, até fazer, sim, quem sabe o próximo disco.
Você vai trazer o show para o Rio, no Circo, um lugar onde você já se apresentou várias outras vezes. Como tem sido a turnê e como é fazer no Circo? Você é do tipo que vai mexendo, ajustando o show?
Eu ajusto o show para cada cidade, cada casa que eu vou. Tenho o maior prazer em fazer isso. O 'Apká!' é um show muito divertido, quente. A gente está curtindo muito fazer, tanto eu como a banda. Tem sido um grande presente mesmo. E o Rio, em particular, o Circo mais ainda, eu diria, é uma casa que tem um lugar especial no meu coração. Sempre me acolheu de uma maneira especial, e é uma data que a gente sempre espera com muita ansiedade. Não só quem curte, os fãs, mas eu mesma. Quando eu marco uma data no Circo, para mim, é um dia feliz que vai acontecer no meu ano. Então eu estou supercontente em estar de volta.
Vai lá:
Céu — lançamento de 'Apká!'
Quando: Sábado, 7 de dezembro, às 22h (abertura dos portões)
Onde: Circo Voador. Rua dos Arcos, s/nº – Lapa
Quanto: R$ 60 (meia-entrada com 1kg de alimento, 2º lote) a R$ 120 (inteira, 2º lote)
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