Topo

Histórico

Categorias

Rio Adentro

'No próximo disco venho mais empoderada', diz Duda Beat

Kamille Viola

14/12/2018 18h36

Duda Beat se apresenta sábado na Cidade Nova. Foto: divulgação/Ana Alexandrino

No fim de abril, Duda Beat lançou seu primeiro disco, "Sinto muito". O álbum caiu no gosto da crítica e do público, e a cantora foi um dos destaques da cena independente nacional. Atração do  Festival MangoLab, este sábado, onde se apresenta ao lado de Heavy Baile, Biltre, DJ Julia Jacobino (do Bloco Minha Luz é de Led) e DJ Dudu Jardim, ela festeja o bom momento, se prepara para lançar novos singles ao longo do próximo ano e já pensa em um segundo disco, previsto para 2020.

"Dois mil e dezoito um ano muito especial, o disco foi bem recebido, acabei de receber o prêmio da APCA (Duda foi eleita Revelação do ano pela Associação Paulista dos Críticos de Arte), que significa muito para mim, e também me formei na faculdade, em Ciência Política, então também é o fechamento de um ciclo", comemora ela, que vê uma relação entre o curso em que se formou e sua arte. "Quando falo em empoderamento, isso também é fazer política."

Pernambucana, a cantora se mudou para o Rio há 13 anos, pra tentar a faculdade de medicina. Acabou desistindo depois de não passar. Antes de lançar seu próprio trabalho, fez backing vocals para o cantor Castello Branco e Letrux. Começou a compor há cerca de dois anos. "Eu sou uma compositora recente, comecei por necessidade, por querer ser reconhecida também. Fui vendo que as pessoas gostavam e fiquei feliz", conta Duda.

E tomou gosto pela coisa. Ela adianta que já tem algumas composições na manga e, em março, pretende entrar em estúdio para já ir fazendo outras para o próximo álbum. "Já tenho algumas prontas até, mas quero complementar o disco para ele sair em 2020, bem bonito. Porque tem que ser muito especial esse álbum, mais até do que o primeiro", acredita ela. "Os singles vão ser mais pop e os álbuns vão contar histórias, porque não acho que vale a pena você fazer um álbum em que uma música não tenha a ver com a outra, ou que pelo menos a narrativa seja parecida. Vou lançar um disco com narrativa e singles para rebolar a bunda", resume a cantora.

Enquanto não chega a hora de lançar o disco novo, ela vai soltar alguns singles, entre eles "Chapadinha na praia" (versão brega de "High by the beach", de Lana Del Rey), "Chega" (com Mateus Carrilho e Jaloo), "Só eu e você" (parceria com Illy), "Corpo em brasa" (com Romero Ferro) e um remix de "Bixinho". Ela também planeja cantar as músicas do "Sinto muito" em voz e violão e com participações de convidados. "E quero continuar trabalhando esse disco, ele está muito recente, só temos sete meses de disco, então ainda vou passar o ano de 2019 inteiro fazendo o show dele com os singles que forem sendo lançados", conta.

Se "Sinto muito" foi marcado pela "sofrência", Duda Beat promete que no novo trabalho vem mais empoderada.  "Ele ainda vai ter canções de amor triste, porque eu tenho umas quatro ou cinco músicas de amor pra botar para jogo. Eu brinco que meu próximo disco vai ter minha transição, da duda baixo-astral para a duda alto-astral. Porque eu falo muito da minha vida, sobre o que eu estou vivendo. E, neste momento, eu estou superfeliz, estou casada com o produtor do meu disco, Tomás Tróia, então, além de ter botado um filho — que é meu dele — maravilhoso no mundo, ainda ganhei um namorado. Ou seja, estou muito realizada, gracas a Deus. Porque a gente merece, depois de tanto sofrimento. Eu sofri ao todo dez anos por caras diferentes, nenhum correspondido, e agora eu estou sendo correspondida, estou feliz", comemora.

Ela revela também que recebeu propostas de gravadoras e, em breve, deve assinar com alguma. "Estou em processo de análise, mas vou acabar fechando, porque, apesar da gente viver na era do streaming, eu acho que gravadora é fundamental, pode ajudar a gente em vários quesitos", defende. "Eu sou uma cantora pop. Não só porque eu tenho esse desejo, mas porque minhas músicas são assim, e no meu próprio disco eu dialogo com diversos ritmos: tem um axé lento, trap, música latina, brega… Então eu acho que uma pessoa que se comunica com diversos públicos diferente é pop", diz.

Vai lá:
Festival MangoLab
Quando: Sábado, 15 de dezembro, das 22h às 5h
Onde: Circo Crescer e Viver. Rua do Carmo Neto, 143 – Cidade Nova
Quanto: R$ 40 (meia-entrada) e R$ 80

Sobre a autora

Kamille Viola é jornalista, com passagens e colaborações por veículos como O Dia, O Globo, O Estado de S. Paulo, Billboard Brasil, Bizz e Canal Futura, entre outros. Nascida e criada no Rio, graças ao jornalismo já andou pelos mais diversos cantos da cidade.

Sobre o blog

Do pé-sujo mais tradicional ao mais novo (e interessante) restaurante moderninho, do melhor show da semana à festa mais comentada, este blog busca fazer jus à principal paixão do carioca: a rua.

Blog Rio Adentro